domingo, 21 de março de 2010
Dia da Poesia
Tarde no mar
A tarde é de oiro rútilo: esbraseia.
O horizonte: um cacto purpurino.
E a vaga esbelta que palpita e ondeia,
Com uma frágil graça de menino,
Pousa o manto de arminho na areia
E lá vai, e lá segue o seu destino!
E o sol, nas casas brancas que incendeia,
Desenha mãos sangrentas de assassino!
Que linda tarde aberta sobre o mar!
Vai deitando do céu molhos de rosas
Que Apolo se entretém a desfolhar...
E, sobre mim, em gestos palpitantes,
As tuas mãos morenas, milagrosas,
São as asas do sol, agonizantes...
Florbela Espanca
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*
ResponderEliminarbela a maneira
como Espanca, canta o mar . . .
,
ao raiar da manhã,
fui ver o Mar,
pensei em Espanca,
em Sophia, em Eugénio.
pedi a Poseidon ,
que me embriagasse
de maresia
e ficasse
em coma de poesia . . .
,
conchinhas,
deixo,
,
*