domingo, 21 de fevereiro de 2010

Madeira...

Aqui deixo a minha solidariedade para convosco

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Amar!



Eu quero amar, amar perdidamente!

Amar só por amar: Aqui... além...

Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente...

Amar! Amar! E não amar ninguém!



Recordar? Esquecer? Indiferente!...

Prender ou desprender? É mal? É bem?

Quem disser que se pode amar alguém

Durante a vida inteira é porque mente!



Há uma Primavera em cada vida:

É preciso cantá-la assim florida,

Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!



E se um dia hei de ser pó, cinza e nada

Que seja a minha noite uma alvorada,

Que me saiba perder... pra me encontrar...



Florbela Espanca, in "Charneca em Flor"

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Quero




Quero fazer amor contigo agora
em ti eu preciso me envolver
para aplacar este meu querer
sinto urgência pela demora
vem ficar aqui a meu lado
neste leito onde estou deitado
vem até mim, este que te adora

Quero-te perto de mim e beijar-te
perfumar-me com o teu suave odor
sentir nos lábios o teu doce sabor
ver o teu corpo como obra de arte
escrever em ti todos os meus poemas
livrar-me destes funestos dilemas
e da infelicidade, poder libertar-te

Quero sentir o corpo que me cativa
acariciá-lo até à extrema exaustão
sentir em ti a premente combustão
que suavizarei com a minha saliva
quero adivinhar em ti a fervura
levar-te-ei sem tréguas à loucura
é essa condição que me motiva

Quero, o teu corpo, poder sentir
neste meu corpo pleno de desejo
em teu regaço depositar um beijo
e se me deixares, poder repetir
quero fazer em ti todas as delicias
inundar-te com minhas carícias
e voltar a ver o teu rosto sorrir

Quero beijar-te de pólo a pólo
vou amimar esse corpo inteiro
serei o teu amante, o teu parceiro
juntos poderemos perder o controlo
não daremos conta dos segundos
estaremos ausentes noutros mundos
do universo seremos núcleo, miolo

Quero que te envolvas em mim
sentir-te aninhada no meu peito
dar-te o prazer a que tens direito
e deixar-te perpetuamente assim
fazer amor contigo ao sabor do vento
prolongar no tempo esse momento
esperando que ele não chegue ao fim

Quero sentir de ti, todo o calor
poder envolver-me em teus braços
superar todos os receios, embaraços
sem o estorvo de tabus, sem pudor
quero entrar em ti com delicadeza
desfrutar esse momento de beleza
quero, contigo, poder fazer amor

Quero ouvir da tua boca um gemido
ver acelerar o ritmo da tua respiração
sentir na pele a nossa transpiração
fruto desse acto, por ambos consentido
só assim concebo haver algum nexo
em unir os nossos corpos pelo sexo
e sentir o prazer por ambos merecido

Quero sentir em ti todo o prazer
que sentem dois corpos unidos
perder, por ti, todos os sentidos
e o momento não poder descrever
quero o teu corpo de lés a lés
ondular em ti ao sabor das marés
e quando acabar, voltar a fazer

Quero fazer amor contigo, mulher
chamar-te amor, doce, querida
voltar outra vez ao ponto de partida
é a ti que este meu corpo quer
ter-te em meus braços é urgente
digo aquilo que me vai na mente
e sempre direi o que ela quiser

Quero sussurrar nos teus ouvidos
e levar-te quase à inconsciência
conseguir ver-te em transparência
quando estiveres a perder os sentidos
salvar-te da insanidade por um triz
deixar no teu rosto um sorriso feliz
ao libertarmos os nossos fluidos

Quero-te a meu lado, na minha cama
nestes lençóis quero a tua nudez
poder amar-te uma e outra vez
pois, por ti meu corpo reclama
espero por ti, envolto em ansiedade
quero dar-te pedaços de felicidade
é por ti que este poema chama


                                                          Emanuel Lomelino In: " Amador do Verso"

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Sorriso




“O sorriso é uma chave

Que abre portas e janelas.

Entre muitas coisas mágicas

O sorriso é uma delas.

O sorriso é simpatia

Também pode ser amor.

O sorriso tem magia

Tem ternura e calor.

O sorriso dá carinho

O sorriso faz amigos.

Constrói tu, no teu caminho

Uma ponte de sorrisos.”





                                                                                                                    De Rosa Lobato de Faria.