terça-feira, 29 de dezembro de 2009

"ÁGUA MORRENTE"


Meus olhos apagados,

Vede a água cair.

Das beiras dos telhados,

Cair, sempre cair.

Das beiras dos telhados,

Cair, quase morrer...

Meus olhos apagados,

E cansados de ver.

Meus olhos, afogai-vos

Na vã tristeza ambiente.

Caí e derramai-vos

Como a água morrente.


Camilo Pessanha

1 comentário:

  1. Olá Breizh! Grande ideia para reavivar este espaço.Tenho um projecto semelhante a este mas está na gaveta por falta de tempo. Quando as coisas acalmarem dar-lhe-ei vida e adivinha de quem será o primeiro poema. Beijos.

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